quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vale e CNPq firmam convênio para formar engenheiro

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que o Brasil pode sofrer um "apagão de engenheiros" em 2020, caso a previsão de crescimento médio da economia permaneça em torno de 4,5%.
Com o objetivo de estimular a formação de novos profissionais, e ajudar o país a evitar que esta previsão ocorra, a Vale e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) vão investir, em 2012, R$24 milhões para duplicar o número atual de bolsas de iniciação científica e tecnológica em engenharia no país, que hoje é de 6 mil por ano. 

A parceria vai viabilizar o programa Forma-Engenharia, que irá oferecer, durante o ano de 2012, quatro mil bolsas para estudantes do ensino médio e técnico, graduação e professores de universidades brasileiras. Serão focadas diversas áreas de engenharias, entre as quais, a de Minas, Elétrica, Metalúrgica e Mecânica, preferencialmente em instituições das regiões Norte e Nordeste.
O CNPq também está investindo em outros programas para atingir a meta de duplicar as bolsas de iniciação científica. "Essa iniciativa, pioneira, visa a garantir a nossa atuação no longo prazo. É também uma ação conjunta com nosso departamento de Recursos Humanos e que de forma mais ampla contribui também para o Brasil. Parafraseando um nosso slogan recente, não há futuro sem mineração, e não há mineração sem planejarmos os engenheiros para o nosso futuro", afirma Luiz Mello, diretor-presidente do ITV (Instituto Tecnológico Vale), que representa a Vale no convênio. 

Para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, "a parceria, além do estímulo à formação de pessoas nas áreas de fronteira para o desenvolvimento do país, é um exemplo emblemático para outras empresas de que a inovação é a principal estratégia de competitividade no mundo moderno".
Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação mostram que, entre os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que menos forma engenheiros por ano. São cerca de 30 mil - em torno de 40 mil, se incluídos tecnólogos e habilitações em Construção Civil, Produção e Meio Ambiente. 

Na Índia, são pelo menos 220 mil; na Rússia, 190 mil; e na China, 650 mil. Outro importante indicador é a porcentagem de engenheiros graduados em relação ao total de concluintes na educação superior. Este indicador reflete a vocação, atratividade da carreira e o incentivo que os países dão para a inovação tecnológica.
Segundo a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), em 2007, a média dos países do grupo era de 14%, sendo de 19%, no Japão; 25%, na Coréia; e 18%, na Rússia. No Brasil, apenas cerca de 4% dos concluintes estão nas áreas de Engenharia. 

O Programa Forma-Engenharia fomentará mil bolsas de graduação; duas mil para estudantes de nível médio e técnico; e outras mil para professores vinculados a departamentos de engenharia. A idéia do Programa é promover a cultura da inovação no ensino médio, despertando o interesse vocacional pela profissão e pela pesquisa tecnológica e, ao mesmo tempo, ajudar a reduzir a evasão de alunos nos cursos de engenharia do país.
Segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), hoje mais de 50% dos estudantes deixam a faculdade, sendo a maioria nos dois primeiros anos do curso.


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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aneel aprova sistema de cobrança que pode baratear conta de luz

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um novo sistema de cobrança de tarifa nesta terça-feira (22). A medida deve entrar em vigor dentro de dois anos, será opcional e depende do desenvolvimento de "medidores eletrônicos de energia".  O novo sistema de cobrança estabelece preços de energia específicos de acordo com o horário.
O consumidor residencial, que hoje paga uma tarifa única independentemente do período do dia, poderá optar pelo plano que prevê energia mais barata nos horários de menor demanda. Pelo novo sistema, cada distribuidora de energia terá que definir um intervalo de três horas, entre as 17h e 22h, em que o consumo de energia elétrica será mais caro. Neste horário de pico, a energia custará cinco vezes mais do que no horário de baixo consumo (madrugada) e três vezes mais do que no horário intermediário (restante do dia).
"A nova modalidade torna-se vantajosa para consumidores com flexibilidade para alterar seus hábitos de consumo durante os horários de maior carregamento do sistema elétrico, apresentando redução em suas faturas", argumentou o diretor Edvaldo Santana, relator da matéria, em seu voto.

O diretor garante, porém, que a conta de luz não ficará mais cara para os consumidores que não têm flexibilidade de uso da energia elétrica. "Ressalta-se que não haverá majoração de custos para aqueles que a tarifa branca não é vantajosa, haja vista que continuarão na modalidade convencional", garantiu Santana.
Conforme a nova estrutura tarifária do setor de distribuição aprovada pela Aneel, o horário de pico terá três horas de duração. A faixa intermediária durará duas horas - uma antes e outra após o horário de pico. Os horários de maior e menor demanda serão fixados pelas distribuidoras, mas terão de ser submetidos a audiência pública e aprovados pela Aneel.
Opcional
A nova modalidade tarifária terá caráter opcional, exceto para a cobrança de iluminação pública e para o mercado de baixa renda, com vigência a partir de janeiro de 2014. Em 2013, serão feitas as simulações dos valores das tarifas e os resultados serão divulgados pela Aneel, a fim de que o consumidor saiba se será vantajoso ou não para ele aderir ao novo sistema.

A alteração da forma de cobrança também dependerá da implantação dos medidores eletrônicos de energia, os chamados "medidores inteligentes", que ainda estão em fase de desenvolvimento no país.
A Aneel também vai criar "bandeiras tarifárias" nas cores verde, amarela e vermelha, para alertar toda a sociedade sobre os custos de geração de energia ao longo do tempo. Quando a Aneel anunciar a "bandeira verde", isso indicará um cenário de custos baixos para gerar a energia que chega ao consumidor.
A "bandeira amarela" representará um sinal de atenção, pois alertará que os custos de geração estão aumentando. Já a "bandeira vermelha" indicará que uma situação mais grave, na qual, para suprir a demanda, estão sendo acionadas uma grande quantidade de termelétricas para gerar energia, que é uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas, por exemplo.
Com a implementação das bandeiras tarifárias, o consumidor saberá se a energia que ele está recebendo em sua casa está mais cara ou mais barata em função da abundância ou falta de chuvas, que afetam diretamente o nível dos reservatórios e, consequentemente, o preço da tarifa. Hoje, o impacto da falta de chuvas e da necessidade do acionamento de térmicas, por exemplo, só é sentido pelo consumidor na época do reajuste da tarifa.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/11/aneel-aprova-sistema-de-cobranca-que-pode-baratear-conta-de-luz.html

domingo, 14 de agosto de 2011

E o rato roeu o cabo?



Vejam nesta foto de um painel elétrico de uma instalação industrial, que maravilha o ratinho dividindo espaço com os equipamentos e cabos elétricos.
Quais problemas podemos ter com essa questão?
Além de um problema de saúde e perda de produto por contaminação, a produção da indústria pode ter uma grande perda por paradas inesperadas (sendo que nesse caso já passa a ser esperada).
O rato roendo os cabos pode proporcionar um curto circuito havendo a parada de alguns equipamento, sendo que para encontrar o local com problema pode levar muito tempo, ocasionando instalações provisórias para não afetar muito a produção.
Pode entrar em contato com os barramentos elétricos, havendo um curto circuito de elevada intensidade podendo ocasionar a interrupção completa da indústria, danos mecânicos nos barramentos de alta intensidade sendo em alguns casos a sua substituição como necessária. O risco de incêndio também ocorre, pois o elevado valor da temperatura no caso de um arco elétrico pode ser o iginitor.
O que podemos fazer?
Primeiramente limpeza é essencial para esta bendita proliferação. Com um ambiente limpo e armadilhas que funcionam, podemos utilizar na instalação elétrica opções para facilitar caso apareça algum desses amiginhos. Utilizar uma instalação aparente com eletrocalhas com tampas e eletrodutos, evitar a instalação subterrâneas em canaletas e eletrodutos sendo um ambiente bem mas interessante para os ratos, painéis sem frestas para acesso do rato, e também proteções nos barramentos com tintas isolantes e bornes que dificultam o contato direto com a eletricidade.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cemig: leitura e faturamento com Honneywell

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) adotou soluções da Honeywell para automação do processo de leitura e emissão de faturas de seu sistema OnSite Billing, recentemente ampliado.
O projeto, que teve parceria da Cabtec, envolveu a adoção dos coletores de dados Dolphin 9900, da divisão Honeywell Scanning&Mobility.
“O sistema poderá beneficiar até sete milhões de clientes em 774 municípios do estado e usa 1,3 mil equipamentos Honeywell em campo”, conta Jamir Teodoro Lopes, superintendente de TI da Cemig.
Segundo ele, a solução OnSite Billing foi integrada às aplicações da Cemig e ao módulo CCS (Customer Care and Service), da SAP.
No início do dia, os coletores de dados são carregados com as informações da base de clientes.
Em seguida, os leituristas saem a campo com os PDAs para efetuar a leitura dos medidores de energia que registram o consumo de cada imóvel.
“O equipamento calcula o consumo, processa a fatura e emite um sinal bluetooth para impressão instantânea da mesma em uma impressora de transferência térmica. Toda a operação leva 15 segundos”, comemora Lopes.

Ainda conforme o superintendente de TI, a impressão simultânea ainda não está sendo feita em toda a base de clientes, mas, em médio prazo, boa parte deles já contará com esse recurso.
Além disso, em um segundo momento, a implantação irá envolver a habilitação dos coletores de dados a enviarem a leitura à Central de Informática da Cemig por meio da placa de GPRS, o que atualizará os dados no sistema de faturamento em tempo real.
“Por enquanto, o sistema ainda é offline. A conta é entregue ao consumidor, mas o leiturista descarrega os dados no fim do dia na central”, destaca Lopes. “No futuro, será híbrido: onde houver sinal de celular, a comunicação será imediata. Onde não houver, a leitura será feita como é hoje”, finaliza.

Fonte: Baguete - 27.06.2011
http://www.procelinfo.com.br 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Norma de inspeção visual das instalações em vigor


A partir da segunda quinzena de maio, as instalações elétricas de baixa tensão de novas construções no Estado de São Paulo precisarão passar pela inspeção visual do Corpo de Bombeiros para gerar auto de vistoria e, consequentemente, a permissão para habitação.
A exigência é prescrita na norma IT nº41, que entrou em vigor no dia 10 de maio, depois de permanecer sob consulta pública por quase um ano. O documento fixa condições mínimas para verificar a existência de medidas e dispositivos essenciais à proteção das pessoas e das instalações elétricas contra possíveis situações de choques elétricos e de risco de incêndio.
A instrução técnica deve prever situações de choques e de risco de incêndio nas instalações elétricas. O Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) está entre os parceiros que, por meio de consultores, colaborou para a redação do Manual de Inspeção Visual, que será utilizado pelos agentes vistoriadores do Corpo de Bombeiros.
O objetivo é explicar os procedimentos indicados na IT-41 para conhecimento e levantamento de sugestões dos profissionais que serão diretamente envolvidos. “O texto da IT nº41 está embasado nas prescrições da NBR 5410 e aos regulamentos das autoridades de concessionárias de energia elétrica, e é resultado de uma proposta apresentada pelo Procobre e pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Elétricos (Nema Brasil) que trabalham juntas no projeto desde 2006, em conjunto com o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo”, explica o major Adilson Antonio da Silva, do Departamento de Segurança Contra Incêndio.
A justificativa para a aplicação da IT-41 está baseada em estatísticas do Corpo de Bombeiros, de 1999 a 2009, que indicam que 56,1% dos boletins de ocorrência relativos à incêndios tiveram origem intencional, sendo que, dos 43,9% restantes, provocados acidentalmente, 12,7% tiveram origem nas instalações elétricas, primeira colocação entre os fatores acidentais.
Além disso, pesquisa desenvolvida pelos Bombeiros junto às entidades do setor (Abinee, Abracopel, Procobre, Nema, Abrasip, Abee, Abrinstal e IE) revela inúmeros problemas nas instalações elétricas de edifícios existentes: - 60% das instalações são consideradas em condições precárias; 30% são regulares; 10% consideradas boas.
Ainda segundo as entidades, 20,9% dos edifícios não apresentam condutor de proteção (fio terra); 15,2% não tem aterramento e outros 15,2% apresentam sobrecarga nos circuitos; - entre os itens básicos – que serão passíveis da inspeção visual – 14,9% das entidades acreditam que o principal requisito de uma instalação elétrica é ter fio terra, seguido de existência de um sistema de aterramento (12,8%); quadro elétrico compatível com a edificação (12,8%) e presença de dispositivo DR de proteção contra choques elétricos (10,6%).
Com a publicação da Instrução Técnica 41 e sua aplicação efetiva, todas as novas obras do Estado de São Paulo – com exceção de residências unifamiliares - serão vistoriadas pelo Corpo de Bombeiros.
Para Antonio Maschietto Junior, diretor do Procobre, a iniciativa vai diminuir os riscos de acidentes. “Realizamos diagnósticos periódicos nos edifícios de vários estados brasileiros e os resultados sempre apontam para uma maioria de edificações com instalações precárias”, alerta.
De acordo com o documento, os itens principais da inspeção visual são: quadros elétricos; componentes elétricos; linhas elétricas; proteção contra sobrecargas, curtos-circuitos e choques elétricos; serviços de segurança contra incêndios e documentação relativa à instalação elétrica.
É importante destacar que a inspeção visual das instalações será realizada por profissional habilitado pelo Crea para este tipo de serviço, que deverá seguir as instruções da IT-41 e entregar para o Bombeiro a declaração de conformidade da instalação devidamente assinada pelo responsável técnico e pelo proprietário da edificação.
Somente obras consideradas em conformidade com as exigências da nova IT terão o Auto de Vistoria emitido pela Corporação.

:: Da Redação www.portallumiere.com.br

Grande iniciativa, esperamos que funcione tornando-se modelo para todo Brasil, pois existem instalações elétricas que "dá vontade de sair correndo, de tão perigosas".

domingo, 10 de abril de 2011

Medição da resistência de aterramento


Em aula prática realizada com os alunos do curso Técnico em Eletrotécnica no SENAI, foi medida a resistência de aterramento de uma haste com 2,4m servindo como aterramento de uma instalação elétrica. As referidas medições foram executadas como o Anexo J da NBR 5410, descrita a seguir

Anexo J – ABNT NBR 5410:2004.
(normativo)
O método descrito a seguir pode ser utilizado quando for necessária a medição da resistência de aterramento.
J.1.1 Método 1 (ver figura J.1)
J.1.1.1 Uma corrente alternada de valor constante circula entre o eletrodo de aterramento sob ensaio T e o eletrodo auxiliar T1. A localização de T1 deve ser tal que não haja influência mútua entre T e T1.
J.1.1.2 Um segundo eletrodo auxiliar, T2 , que pode ser uma pequena haste metálica cravada no solo, é inserido a meio caminho entre T e T1. A queda de tensão entre T e T2 é medida.
J.1.1.3 A resistência de aterramento do eletrodo T é igual à tensão entre T e T2 dividida pela corrente que circula entre T e T1 , presumindo-se que não haja influência mútua entre os eletrodos.
J.1.1.4 Para verificar se o valor de resistência está correto, duas novas medições devem ser realizadas, deslocando-se T2 cerca de 6 m na direção de T e, depois, 6 m na direção de T1. Se os três resultados forem substancialmente semelhantes, a média das três leituras é tomada como sendo a resistência de aterramento do eletrodo T. Do contrário, o ensaio deve ser repetido com um espaçamento maior entre T e T1.

onde:
T é o eletrodo do aterramento a ser medido, desconectado de todas as outras fontes de tensão;
T1 é o eletrodo auxiliar;
T2 é o segundo eletrodo auxiliar.
Figura J.1 - Medição de resistência de aterramento - Método 1

TABELA DE RESULTADOS:

MEDIÇÃO
DISTÂNCIA(m)
VALOR DA RESISTÊNCIA (Ω) MEDIDA
T-T2
T-T1
1
20
12
120,5
2
20
14
120,0
3
20
10
120,1

Os resultados obtidos nas três medições estão de acordo com o anexo J, ou seja, sem a influência mútua entre os eletrodos.
Porém, o valor médio de 120,2 ohms (valor da resistência de aterramento em questão), é extremamente alto, considerando que pelas Normas da Copel a resistência de aterramento com fornecimento em baixa tensão não deve ser superior a 25 ohms a qualquer época do ano.
Devemos sempre tomar cuidado com o valor necessário de aterramento, pois como podemos identificar neste exemplo, na nossa região utilizando somente uma haste como aterramento, não nos garante a qualidade de aterramento.
Busque sempre informações técnicas com profissionais habilitados de sua região para garantir um bom projeto da malha de aterramento.
Fonte: NBR 5410, NBR 5419.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Instalações mal feitas encarecem a conta de energia

O uso de fio terra e dispositivo DR, associados ao bom uso dos equipamentos podem reduzir entre 4% a 5% o consumo de energia e diminuir acidentes elétricos domésticos, que algumas vezes podem ser fatais. 

De acordo com o engenheiro e consultor do Procobre, Hilton Moreno, disjuntores do tipo DR, protegem a corrente diferencial residual, especialmente em áreas molhadas como banheiro, lavanderia e cozinha. Moreno informa ainda que o dispositivo DR desligaria automaticamente o circuito no momento em que qualquer pessoa tocasse num fio desencapado, impedindo que a descarga elétrica fosse fatal.

Além da possibilidade de provocar incêndios, instalações elétricas mal feitas ou em precário estado de conservação podem causar queimaduras de até terceiro grau, coagulação do sangue, lesão nos nervos, contração muscular e uma reação nervosa de estremecimento (a sensação de choque), que é perigosa se provocar a queda do indivíduo. 

De acordo com a gerente de marketing do Procobre, Milena Guirão Prado, o condutor de proteção, mais conhecido como fio terra, tem a função de proteger adultos, crianças e até animais, do perigo do choque elétrico, em caso de falha nos equipamentos. “São comuns os choques elétricos em geladeiras, máquinas de lavar ou chuveiros, às vezes fatais, daí a obrigatoriedade da instalação deste fio em todos os pontos de alimentação. O uso das tomadas de três pólos, duas fases e fio terra são essenciais para proporcionar aos usuários a segurança no uso dos equipamentos”. 

Todo ano, mais de cem brasileiros morrem vítimas de eletrocussões e a má qualidade das instalações elétricas é uma das maiores causas de incêndio no País. O diretor executivo do Procobre, Antonio Maschietto Junior, alerta que tomadas e interruptores que esquentam; quedas frequentes do disjuntor; geladeira que pára de funcionar por alguns instantes; fios e cabos derretidos; mau cheiro e fumaça são alguns dos sinais de que a instalação elétrica doméstica precisa de reparos.

O Procobre, uma das entidades que participa do programa Casa Segura, procura alertar a população para a necessidade de adequar as instalações elétricas às normas brasileiras e evitar acidentes como choques, queimaduras ou incêndios. “Por outro lado, adequar os sistemas elétricos valoriza o imóvel, gera economia na conta de luz, amplia o conforto e a segurança doméstica e minimiza a possibilidade de perda de bens próprios ou de terceiros em incêndios”, explica Maschietto. 

Dicas para ter uma instalação segura:
Dica 1 – Contrate profissionais verdadeiramente capacitados para a realização de instalações ou manutenções nas instalações elétricas. Cobre os cursos realizados, procure pelo profissional habilitado (Crea) responsável pela supervisão dos serviços. Nunca realize serviços de natureza elétrica se não há conhecimento técnico deste assunto, pois mesmo achando que um circuito está desligado, pode haver outras fontes de energia que podem causar um acidente, podendo ser fatal.

Dica 2 - Faça uma revisão periódica nas instalações elétricas pelo menos a cada cinco anos). Sempre usando um profissional capacitado (eletricista, técnico e engenheiro) e principalmente que este profissional esteja atualizado, pois as instalações elétricas mudaram muito nos últimos anos e as tecnologias também.

Dica 3 - A instalação do condutor de proteção, como é chamado tecnicamente o Fio Terra, em toda a extensão de uma instalação elétrica, é importante, e obrigatório pela lei 1.1337 de 2006. Esta prática vai minimizar os riscos de choque elétrico e garantir estabilidade no funcionamento dos equipamentos.

Dica 4 - Todas as instalações que atendam áreas tidas como úmidas, como cozinha, copa, área de serviço, áreas externas, devem ser protegidas pelo DR - Dispositivo Diferencial Residual, que tem a função de desligar o circuito todas as vezes que um choque elétrico pos sa acontecer. Este equipamento é para salvar vidas e por isto nunca pode o custo ser a consideração principal para a escolha do produto.

Dica 5 - Nunca substitua um disjuntor, por outro de maior corrente (A) (valor), se os condutores (fios) também não forem substituídos por maior seção, (bitola ou diâmetro), pois o disjuntor tem a função de proteger os fios contra aquecimento excessivo e se a pratica acima for executada, o disjuntor não mais protegerá nada, o incêndio é quase certo.

Dica 6 - Para proteger equipamentos eletroeletrônicos na residência, instale um dispositivo chamado DPS – Dispositivo de Proteção contra Surtos, que pode ser conhecido no mercado como Protetor de surto, ou até pára-raios eletrônico. Este equipamento irá desviar os surtos de tensão (V – voltagem – 220/127V) gerados por descargas atmosféricas, para a terra e com isto preservar os equipamentos.

:: Da Redação www.portallumiere.com.br

Leia também as postagens: "DO PROJETO ELÉTRICO, A SUA EXECUÇÃO" e"A Importância da Utilização do Cabo de Proteção (Pe)"

domingo, 16 de janeiro de 2011

Comércio de incandescentes terá fim em 2016

As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado paulatinamente até 2016. Portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio regulamentando a retirada foi publicada no Diário Oficial da União. A finalidade é que elas sejam substituídas por versões mais econômicas.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida é fruto de um longo processo de negociação com setores da sociedade, por meio de consulta pública via internet e de audiência pública.

Técnicos do ministério estimam que a medida, publicada no dia 06 de janeiro, aliada a outra portaria que trata do Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas, trará ao país uma economia escalonada até 2030 de cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano). Equivale a mais do que o dobro conseguido com o Selo Procel, utilizado atualmente.

Conforme detalhado na portaria, fazem parte da regulamentação as lâmpadas incandescentes de uso geral, exceto as incandescentes com potência igual ou inferior a 40 Watts (W); incandescentes específicas para estufas – de secagem e de pintura – equipamentos hospitalares e outros; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas, entre outras.

De 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016 – a não ser que surja uma nova tecnologia que permita às lâmpadas incandescentes se tornarem mais eficientes – esse tipo de produto será banido do mercado, segundo técnicos do Ministério de Minas e Energia.

No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes. Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil. O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas.

De acordo com o ministério de Minas e Energia, as tecnologias que envolvem os sistemas de iluminação se desenvolveram rapidamente, nos últimos anos, disponibilizando equipamentos com mais eficiência e durabilidade. Paradoxalmente, aumentou também a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização. Diante disso, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta. Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente.

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